sábado, 5 de junho de 2010

A passagem de ônibus mais cara do mundo.

Depois de anos de trabalho escravo (TCC), resolvi sair de casa para ir para a faculdade sem compromisso. Não que eu já tenha terminado o curso, mas tô bem mais tranquilo e com a vida menos corrida.

Ir sem obrigação é chato pra cacete, principalmente quando se tem que tomar ônibus e metrô pra atravessar a cidade. E lá fui eu, perder umas horinhas pra jogar um campeonato de futebol na faculdade.

Logo que desci minha rua pra pegar o ônibus, pensei: “Ah, meu bilhete único deve estar cheio. Coloquei crédito semana passada”. Pra quem não sabe, aqui em SP há um cartão que você põe dinheiro e passa na maquininha pra validar sua passagem. Simples, né?

Quando entrei no ônibus, tirei meu bilhete do bolso e passei na máquina. Piiiiiiii… SEM SALDO. Puta merda. É um saco ter que pagar uma passagem inteira quando ainda pode-se pagar meia por ser estudante nesse país de meu deus!

Ok, vamos pagar uma passagem inteira, então. Abri a carteira e… uma nota de R$50, apenas. Em ônibus geralmente tem aqueles avisos de “troco máximo R$10″. Não vi isso ontem. Com aquela cara de gato de botas do Shrek, iniciei uma conversa com a cobradora.

- Ihhhhhh… só tenho uma nota de R$50.

- Você vai descer rápido?

- Não, vou descer no ponto final.

- Ah, então fica aí na frente que quando eu tiver troco te aviso.

Pô, super gente fina. Ninguém daria troco pra uma nota de R$50 no ônibus. Deve ser porque eu tava gato ontem, mas isso não vem ao caso.

Fiquei lá sentado no banco de idosos e gestantes esperando ela arranjar o troco. Como não existe um dia em que não haja trânsito em São Paul0, demorei uns 50 minutos até chegar ao ponto final. E o que aconteceu? O óbvio, né. Chegou o ponto final e eu sequer lembrei que havia dado R$50 (CINQUENTA REAIS) pra mulher. Ela também não. Olhei pra ela com cara de “já paguei” e ela autorizou minha passagem. Claro que ambos esqueceram do troco.

Quando entrei na fila do bilhete único do Metrô, me dei conta que não tinha mais um puto sequer na carteira. A única nota era aquela mesmo que eu tinha dado pra cobradora. Saí correndo de volta ao ponto final do ônibus e adivinhem… sim, ele já tinha ido embora. Ah, como eu fiquei puto. Não só pelo dinheiro, mas porque perdi o campeonato na faculdade e também porque tive que voltar A PÉ pra porra da minha casa. São só uns 8km mesmo.

Sério. Vou na SPTrans cobrar indenização por injúria, dor nas pernas e danos morais.
:/

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